Sentimentos e razão
Os homens guiam-se por seus sentimentos e interesses próprios, mas apraz-lhes pensar que se guiam pela razão. Assim sendo, procuram, e sempre encontram, alguma teoria que, a posteriori, faz suas ações parecerem lógicas. Se essa teoria pudesse ser demolida cientificamente, o único resultado seria que outra teoria substituiria a primeira, e com o mesmo objetivo; uma nova forma seria usada, mas as ações permaneceria as mesmas (...) As teorias têm apenas um efeito limitado na determinação das ações do homem; o interesse pessoal e as paixões têm papel muito maior, e alguma teoria prestativa sempre é encontrada no momento oportuno para justificá-los.
Vilfredo Pareto
Vilfredo Pareto
1 Comments:
Meu último post não só terá continuação como a continuação que eu já comecei é metade tua, ou, ao menos, foi a partir da tua percepção de que aqulio poderia ser continuado que eu comecei a pensar nisso. Despropositalmente iniciei um outro texto, e noto agora que, de uma certa maneira, ele se encaixa naquele, mas não de forma tão linear.
Aproveito pra dizer que gostei muito desses dois últimos posts. Engraçado pensar na tua idéia de bingos fechando por falta de aposentados etc, e o ponto do Vilfredo é um bom assunto a ser discutido, ou seja, a razão está contida sempre numa emoção. Ontem eu pensava sobre uma relação parecida e diferente, certamente influenciado pelas primeiras páginas lidas de Freakonomics: existe ética? Ou melhor: ela é inerente ao ser humano? Ou funciona exatamente o contrário? Ontem, de algum modo que ainda vou organizar, eu pensei que ela, pensada como "caixinha" onde se guardam as regras do "bem", não é inerente não. Abraço! Rômulo.
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