sexta-feira, dezembro 23, 2005

Eu faço de conta, para que ninguém descubra quem realmente não sou.
Perdido nos braços, me perco e me acho, não fujo, me faço. Seguindo a linha das costas, demoro, me paro, um cheiro e um beijo. Da nuca eu passeio, fazendo rodeios, parando com tempo e curtindo teu cheiro. A ponta da língua toca de leve, sem se parar e dando arrepios. Na volta eu sopro, uma brisa que gela, e que marca o caminho, e que volta ao pescoço... ...a esperança de espasmos me dispara a pulsação, mas quero tudo lento, aproveitar, demorado e infinito.... ...numa nuvem de torpor, dois sorrisos, estáticos e silenciosos. Não precisam dizer nada. O silêncio se encarrega de tudo.